- Velocidade das stablecoins: sinal on-chain chave para o próximo rali do Bitcoin.
- Tokenização de Treasuries e títulos impulsiona a entrada institucional em DeFi.
- DePIN e DeSci avançam para adoção real, conectando cripto e infraestrutura tradicional.
O mercado cripto entra em 2026 com sinais on-chain como principal guia.
Além disso, stablecoins, ativos tokenizados e infraestrutura descentralizada indicam onde o dinheiro inteligente está se movimentando.
O ritmo do mercado será ditado pelos dados on-chain
O mercado cripto entra em 2026 com um novo mapa de navegação, e os sinais on-chain se tornaram o principal guia para investidores e instituições. Segundo a Dune Analytics, o crescimento dos stablecoins, dos ativos tokenizados e da infraestrutura descentralizada indica uma maturidade inédita no setor.
Em 2025, o volume spot das exchanges centralizadas caiu 27,7%, enquanto as DEXs cresceram 25,3%. Além disso, o número de milionários em cripto ultrapassou 240 mil, e o valor total de stablecoins saltou de US$ 200 bilhões para US$ 305 bilhões.
Stablecoins: a bússola da liquidez global
A expansão dos stablecoins mostrou uma mudança estrutural no uso do dinheiro digital. USDC dobrou para US$ 56 bilhões, enquanto USDT manteve US$ 146 bilhões, e USDe, da Ethena, atingiu US$ 6,2 bilhões, evidenciando a preferência por tokens com rendimento real.
Segundo a Dune, a velocidade dos stablecoins — relação entre volume transacionado e capitalização — será o termômetro mais preciso da liquidez em 2026. Ou seja, esse indicador distingue uso ativo de mera acumulação.
Ativos tokenizados consolidam o elo entre DeFi e Wall Street
A tokenização de ativos reais (RWAs) tornou-se pilar do mercado cripto. Em 2025, produtos baseados em Treasuries e títulos corporativos cresceram 224%, com destaque para o fundo BUIDL da BlackRock, que alcançou US$ 2,2 bilhões.
Além disso, esses instrumentos ancoram a liquidez institucional e conectam o sistema financeiro tradicional ao ecossistema descentralizado. Por isso, crescimento do TVL e aumento de endereços únicos são os melhores indicadores de adoção corporativa.
Liquidez migra de CEXs para DEXs e ETFs deixam rastros on-chain
O volume mensal das DEXs ultrapassou US$ 857 bilhões, superando exchanges centralizadas. Analistas afirmam que a migração é estrutural, impulsionada por interfaces, segurança e custódia institucional.
Além disso, ETFs de Bitcoin e Ethereum já detêm cerca de 6,65% e 5,4% da oferta total. Cada fluxo gera reflexos quase imediatos nas reservas de stablecoins, servindo como proxy das novas entradas de capital.
Stablecoins: o sinal que vai definir 2026
Com o mercado avaliado em US$ 3,5 trilhões e dominância do Bitcoin acima de 62%, o crescimento da oferta de stablecoins é o indicador mais preditivo para 2026. Portanto, interpretar sinais on-chain com precisão será o diferencial do próximo ciclo.