O Wrapped Bitcoin (WBTC), token que representa Bitcoin na rede Ethereum, atingiu um recorde histórico de fornecimento na plataforma de empréstimos descentralizados Aave.
Em setembro, o total de WBTC na Aave superou 37.000 unidades, equivalentes a mais de US$ 2 bilhões, apesar de crescentes preocupações sobre a segurança das reservas que respaldam o token.
Aumento do fornecimento e temores sobre colateral
O aumento no fornecimento de WBTC na Aave ocorre em meio a uma onda de ceticismo entre investidores, que questionam a integridade das reservas de Bitcoin que garantem o token.
Em agosto, a BitGo, custódia responsável pelas reservas do WBTC, anunciou um acordo que concedeu controle parcial da carteira multisignature que mantém os Bitcoins para a exchange de Hong Kong BiT Global.
A decisão gerou críticas, especialmente pela ligação de Justin Sun, associado a projetos que levantam dúvidas sobre a correta alocação de colaterais.
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No entanto, a plataforma Sky (anteriormente Maker) reconsiderou uma decisão de remover o WBTC de seus serviços após conversas com Mike Belshe, cofundador da BitGo, que assegurou maior transparência e compromisso com notificações públicas antes de mudanças na gestão das chaves de controle do WBTC.
WBTC continua dominando o mercado de wrappers
Apesar das preocupações, o WBTC continua sendo o token mais popular de Bitcoin embrulhado no mercado de finanças descentralizadas (DeFi), com um valor total bloqueado (TVL) superior a US$ 9 bilhões, segundo dados da DefiLlama.
A adoção do WBTC permanece robusta, mesmo diante da competição de alternativas como o 21BTC, que busca introduzir mecanismos adicionais de prova de reservas através do Chainlink.
O crescente uso de WBTC na Aave e outras plataformas DeFi sublinha a demanda contínua por Bitcoin em redes blockchain alternativas, mas também ressalta a importância de garantias claras e seguras para manter a confiança dos usuários.