- ETFs de Bitcoin captam US$ 5,23 bi em maio.
- Ouro sofre saídas de capital e perde espaço.
- BlackRock lidera corrida com o ETF IBIT.
Os ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos ultrapassaram os ETFs de ouro em captação de recursos no mês de maio, marcando um ponto de virada histórico no mercado financeiro. Enquanto os fundos de BTC atraíram US$ 5,23 bilhões, os fundos de ouro registraram saídas de US$ 1,58 bilhão.
Esse movimento sinaliza uma mudança clara na preferência institucional. Investidores estão enxergando o Bitcoin, cada vez mais, como uma alternativa sólida para proteção de portfólio, rivalizando com o ouro, o refúgio clássico.
A liderança ficou com o IBIT da BlackRock, que captou US$ 584 milhões em uma única semana, elevando seu fluxo líquido acumulado para impressionantes US$ 48,57 bilhões. Logo atrás, o Grayscale Bitcoin Mini Trust ETF somou US$ 19,81 milhões, com um total de US$ 1,4 bilhão em entradas desde o início.
Mesmo com uma leve correção no preço da criptomoeda, que caiu 5% nos últimos sete dias, os analistas mantêm uma visão positiva. Para eles, a movimentação dos fundos mostra que há uma rotação de portfólios em curso, com alocação crescente de capital em ativos digitais.
ETFs de Bitcoin
Durante o mês, o Bitcoin chegou ao topo histórico de US$ 111.980, impulsionado por sinais regulatórios favoráveis, avanço em legislações sobre stablecoins e preocupações fiscais nos Estados Unidos. Atualmente, o BTC é negociado a cerca de US$ 104.492, com volume diário de US$ 40,5 bilhões.
Do outro lado, o ouro também vive um bom momento. O metal já acumula alta de 27% no ano, negociado hoje próximo de US$ 3.349. Ainda assim, a perda de fluxo em maio acendeu o alerta, já que fundos vinculados ao ouro registraram retiradas constantes no período.
Entre os dias 27 e 30 de maio, os ETFs de Bitcoin sofreram saídas líquidas de US$ 157 milhões, com destaque negativo para o ARKB, que perdeu US$ 282 milhões. Apesar disso, o saldo do mês permaneceu amplamente positivo.
Especialistas continuam otimistas com Bitcoin e ouro como proteção contra a desvalorização de moedas do G7. No entanto, muitos destacam que o Bitcoin oferece vantagens únicas, como descentralização e transparência, que ganham força em tempos de instabilidade global.