O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos divulgou relatórios aos quais mostraram que os crimes de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo continuam habitualmente sendo feitos com dinheiro FIAT, e não moedas virtuais.
As criptos preocupam, mas o FIAT preocupa mais
Existe uma crescente preocupação por parte das entidades regulatórias sobre o uso dos criptoativos em crimes diversos, principalmente para a lavagem de dinheiro e evasões fiscais.
O assunto emergiu recentemente após aumentar o receio da Rússia utilizar os criptoativos para evadirem as sanções econômicas impostas pelas nações unidas em detrimento à invasão da Rússia à Ucrânia.
No relatório, o Departamento do Tesouro norte americano pontuou que apesar dos riscos de ocorrerem estes crimes no ambiente dos criptoativos, as moedas fiduciárias e as redes tradicionais de movimentação financeira são muito mais usadas do que os criptoativos em finanças ilícitas.
Um novo mercado para crimes financeiros
Na publicação do relatório, o Tesouro norte americano disse que os ativos digitais estão em constante evolução no que diz respeito aos crimes financeiros.
Dentre os segmentos cripto mais usados para cometer crimes financeiros inclui-se as finanças descentralizadas (DeFis), devido a sua característica de anonimato.
Ademais, que foi crescente os crimes de phishing e ransomware, além de ataques hackers a instituições ou protocolos financeiros de criptoativos.
Ademais, os crimes de lavagem de dinheiro e movimentação financeira do tráfico de drogas aumentou consideravelmente, uma vez que em 2021 houve um recorde de transferência de valores para endereços considerados como criminosos.
Mas, e o FIAT?
Apesar disto, o Departamento do Tesouro admite que o dinheiro FIAT ainda é disparadamente um modelo de fomento criminoso.
“O uso de ativos virtuais para lavagem de dinheiro permanece muito abaixo do uso da moeda fiduciária e dos métodos mais tradicionais”, afirma o relatório.
Além disto, nesta classe de crime os ativos digitais estão sendo menos usados, conforme dados da Chainalysis.
De acordo com a empresa analítica, o uso de criptoativos nos crimes de lavagem de dinheiro têm diminuído nos últimos anos.
No ano de 2019 cerca de 3,37% dos fundos ilegais correspondiam aos ativos digitais, enqaunto em 2021 esta porcentagem caiu para apenas 0,15%.
De acordo com o Tesouro norte americano, o principal motivo para isto é que os criptoativos possuem os seus livros de registros de transações que são totalmente auditáveis e incorruptíveis, o que possibilita o rastreio dos endereços e montantes enviados entre carteiras.