- Parte dos US$ 14 bi pode ter sido hackeada, não confiscada.
- Endereços ligados a ataque a pool de mineração em 2020.
- EUA podem buscar aumentar reservas de Bitcoin sem comprar.
O governo dos Estados Unidos pode ter hackeado carteiras de Bitcoin para garantir US$ 14 bilhões, e não apenas apreendê-los legalmente.
Análises on-chain mostram ligações com um ataque a um pool de mineração de 2020, levantando dúvidas sobre a versão oficial do Tesouro. Além disso, indicam uma estratégia agressiva para criar uma reserva estratégica de criptoativos.
Governo dos EUA sob suspeita de hackear carteiras de Bitcoin
Uma nova análise on-chain sugere que o governo pode ter obtido Bitcoin diretamente de carteiras comprometidas, e não apenas via apreensão judicial. O relatório oficial do Tesouro atribuiu os fundos a um grupo criminoso do Camboja, mas os dados apresentam inconsistências.
O pesquisador ZachXBT identificou vínculos entre essas carteiras e o ataque a um pool de mineração em 2020. Os endereços ficaram inativos por cinco anos e, segundo relatórios técnicos, apresentavam chaves privadas vulneráveis.
“Os padrões de movimentação indicam acesso externo não autorizado, e não apenas um confisco judicial”, afirmou ZachXBT.
Além disso, as transações não seguiram os procedimentos padrão de apreensão, reforçando a hipótese de intervenção direta do governo.
Estratégia para ampliar a reserva de Bitcoin
Se confirmada, essa ação marca uma mudança significativa na postura dos EUA. Até agora, as apreensões seguiam processos legais, com leilão público ou devolução aos proprietários.
Entretanto, o episódio indica uma abordagem mais agressiva para construir uma reserva estratégica de Bitcoin, que poderia servir como ativo de segurança nacional, semelhante ao ouro.
Os Estados Unidos podem estar buscando novas formas de garantir exposição ao Bitcoin sem precisar comprá-lo no mercado aberto. Essa possível mudança coincide com o debate sobre o U.S. Strategic Crypto Reserve, iniciativa que ganhou força no governo Trump e visa posicionar o país como líder global em ativos digitais.
Implicações e reações
A suspeita de que os EUA tenham hackeado carteiras levanta questões éticas e diplomáticas. Especialistas alertam que tal prática pode criar precedentes perigosos e minar a confiança internacional.
Além disso, o episódio reforça o alerta sobre a segurança de carteiras antigas e o risco de exploração por hackers ou governos. Por enquanto, o Tesouro e o Departamento de Justiça não comentaram as inconsistências apontadas pelos analistas.
O caso pode marcar o início de uma nova era de políticas estatais sobre criptoativos, em que o governo deixa de ser apenas regulador e se torna competidor direto no mercado de Bitcoin.