Boa tarde amigos!
Continuando o artigo “Financial Cryptography in 7 Layers”, essa é a oitava parte. No versículo anterior vimos a sétima.
Governança Estrutural
Dentro da governança estrutural, consideramos a questão da fraude interna, o roubo do valor digital no sistema de criptografia financeira e de qualquer valor físico subjacente ao valor virtual gerenciado pelo sistema.
Com qualquer sistema de pagamento, existe a capacidade de criar novos ativos ou desviar os ativos existentes, tudo isso sem mais trabalho do que alguns poucos botões pressionados. Para resolver isso, usamos a abordagem da separação de interesses para resolver o problema de agência de manter os ativos dos proprietários, mas protegê-los de ataques internos. Esse problema normalmente é tratado separando-se o gerenciamento de ativos do dia-a-dia com a criação de ativos no sistema e aumentando o trabalho necessário para quaisquer transações fraudulentas.
O esquema geral que é aconselhado aos Emissores é o seguinte [50]. Para limitar a criação de valor, para cada emissão, uma conta especial é designada como o mint [a casa da moeda] ou o criador do valor. Esta conta é colocada nas mãos de uma fonte profissional confiável, como um contador ou advogado, que esperamos ter interesse em usar a conta sob a probidade do regime de governança.
Em seguida, é designada uma conta de administrador que recebe qualquer novo float [valor de flutuação] do mint [casa da moeda] e também retorna quaisquer resgates.
Assim, torna-se responsabilidade do Emissor garantir que a conta do mint seja raramente utilizada e, em seguida, com autorização total e amplo escrutínio. Enquanto isso, a conta do gerente é usada regularmente, mas detém apenas quantidades limitadas de valor para os requisitos do dia a dia.
Acima são técnicas gerais que são suportadas dentro do sistema de Ricardo, mas são aplicáveis em outros lugares. Alguns recursos recebem suporte específico, como limites de valor em contas e limite de contas de destino.
Observe como essas técnicas de proteção que usamos estão parcialmente fora do domínio do sistema técnico. Em vez de estar fora do escopo, a discussão aqui é simplesmente um reflexo das alegações de que a segurança total do sistema é um problema holístico, e governança é a camada na qual resolvemos os desafios de segurança que permanecem depois que tentamos resolver tantos quanto possível nas camadas inferiores.
Governança Dinâmica
Por fim, na governança dinâmica, fornecemos monitoramento dos principais valores pela comunidade de usuários e, assim, compartilhamos a carga de auditoria. Estes valores podem ser auditados em uma moeda emitida dentro do sistema Ricardo:
- Valor total do float [flutuação] digital: o valor emitido pela conta do mint.
- Montante atualmente detido na conta do gestor de emissão. A partir dessa conta, é criado um novo valor a ser vendido ou, nessa conta, o valor do usuário antigo é resgatado.
- A “folha” de balanço da moeda, que é efetivamente os números acima, e o total de valor do usuário pendente. Como um balanço, o total do float [flutuação], menos a conta do gerente, deve ser igual ao valor total dos usuários pendentes.
- Com algumas limitações, é útil fornecer resumos de movimentos, como valores comprados e vendidos, através da conta do gerente, da conta do mint e do número de contas de usuário.
50. Isso é descrito mais detalhadamente em uma pergunta da FAQ sobre Governança Estrutural.
Terminada a oitava parte da obra, amanhã a nona. Ricas bençãos!