- Ethereum pede 4 semanas extras para versões finais.
- Fork segue para novembro de 2025; efeitos em 2026.
- Atraso afeta escalabilidade e ajustes futuros.
Equipes responsáveis pelos clientes da Ethereum decidiram pedir um adiamento de quatro semanas para o corte das versões finais da atualização Fusaka. Apesar disso, o fork principal continua previsto para novembro de 2025, enquanto os efeitos completos devem aparecer apenas em 2026. Por isso, o atraso pode impactar o cronograma de melhorias de escalabilidade e atrasar ajustes futuros que dispensam um hard fork.
A equipe planeja lançar a Fusaka em novembro, mas os desenvolvedores querem mais tempo para concluir testes e liberar as versões candidatas. Eles apresentaram o pedido na última reunião do All Core Devs Consensus (ACDC) e, segundo eles, a meta é garantir mais segurança e estabilidade no código antes da ativação na mainnet.
Por que o adiamento?
Matthew Keil, da Lodestar, afirmou que o prazo atual, 1º de setembro, está muito apertado. Ele explicou que as quatro semanas adicionais permitem integrar mudanças importantes no código além de executar testes mais completos, da mesma forma, Manu Nalepa, da Prysm, reforçou a importância de testar melhor áreas como mempools privados, essenciais para o bom funcionamento dos novos recursos.
O tempo extra reduz o risco de erros sutis que os testes iniciais não detectam, além disso, Fusaka inclui melhorias como o PeerDAS, que otimiza a distribuição de dados, eleva o limite de blobs por bloco e adiciona novas funções para aumentar a eficiência da Ethereum Virtual Machine.
Testes essenciais para a segurança
Os engenheiros realizam dois testes principais, o primeiro simula a paralisação na finalização dos blocos para medir a retomada segura da rede, já o segundo avalia como as transações privadas se comportam em operações com ordens exclusivas. Assim, o sucesso dessas etapas garante uma transição estável para o novo protocolo.
Impactos e reações
Mesmo com o fork mantido para novembro, o adiamento do corte pode atrasar todas as atualizações seguintes. Isso porque Fusaka libera o mecanismo de Blob Parameter Updates (BPOs), que aumenta a capacidade da rede sem outro hard fork.
Tim Beiko, líder das reuniões de coordenação, criticou a falta de aviso prévio, por outro lado, Ansgar Dietrichs, da Ethereum Foundation, defendeu a liberdade para expor preocupações e manter a qualidade do código.
Dessa forma, os desenvolvedores priorizam a confiança no código em vez do calendário, garantindo que a Fusaka traga ganhos reais de escalabilidade e eficiência para o Ethereum.