Por volta de 2140, os mineradores dependerão apenas das taxas.
Instituições e Camadas 2 podem criar um mercado forte de taxas.
Sem demanda suficiente, há risco de centralização e perda de segurança.
Por volta de 2140, estima-se que o Bitcoin alcance seu limite máximo de 21 milhões de moedas mineradas. A partir desse momento, não haverá mais novas emissões e os mineradores dependerão exclusivamente das taxas de transação para manter a rede segura. Consequentemente, esse cenário levanta questões sobre a sustentabilidade do modelo de segurança e sobre o futuro do ecossistema.
O Papel das Taxas
Com o fim das recompensas por blocos, as taxas passam a ser a principal fonte de incentivo para os mineradores. Além disso, espera-se que o crescimento do uso do Bitcoin, impulsionado por grandes transações e adoção institucional, seja suficiente para sustentar a remuneração. No entanto, se a demanda não acompanhar, há risco de concentração, pois apenas grandes operações poderiam arcar com os custos.
“Quando a recompensa por bloco acabar, a grande questão será como a demanda por espaço em blocos vai evoluir.”
Bitcoin Block Subsidy – Fonte: Bitbo
Crescimento Institucional
De forma complementar, a entrada de grandes instituições deve ajudar a manter a demanda. ETFs, fundos e a adoção do Bitcoin como ativo de reserva podem gerar volume consistente de transações e taxas. Além disso, movimentações de tesourarias, liquidações de lotes em Layer 2 e transações institucionais de alto valor devem garantir um mercado de taxas saudável, além de manter a rede descentralizada e economicamente equilibrada.
Soluções de Camada 2
Tecnologias como Lightning Network e outras soluções de segunda camada ajudam a aliviar a blockchain principal, processando transações fora da rede base. Além disso, elas geram novas transações de alto valor que retornam à camada principal, fortalecendo a atividade e o valor da blockchain.
“As Camadas 2 abrem e fecham canais na blockchain principal, criando novas transações de alto valor que aumentam a atividade no Bitcoin.”
Riscos e Futuro da Rede
Por outro lado, caso o mercado de taxas não se mostre robusto, o Bitcoin pode sofrer centralização, com a mineração concentrada em poucos players, isso reduziria a segurança da rede e sua resistência a ataques.
O futuro da rede dependerá da evolução contínua, das taxas de transação, do engajamento dos mineradores e do avanço das Camadas 2, apesar dos desafios, o longo tempo até 2140 permite que a comunidade se prepare, ajustando incentivos e tecnologias, dessa forma, a rede poderá continuar operando de forma segura, sustentável e relevante no sistema financeiro global.
Adepto do DeFi e convertido à descentralização, deixei o sistema financeiro tradicional para viver a revolução cripto de dentro. Respirando blockchain, escrevendo sobre o que move o futuro — longe dos bancos, perto da liberdade.